Esporte, lazer ou dança?
Depois do grande sucesso de Alzira, personagem de Flávia Alessandra na novela “Duas Caras”, exibida pela Rede Globo, o pole dance vira “febre” no Brasil. A atividade ganhou destaque e aguçou a curiosidade de muitas mulheres, que hoje praticam a dança e também o esporte, que além de saudável é pra lá de sensual. Em algumas partes do mundo, a popularidade do pole dance não é recente, a dança do mastro, que ficou conhecida na novela como “queijo”, vem se proliferando há muito tempo.
Atualmente, além de vários estúdios de pole dancing espalhados em diversos países, existe também uma Federação Mundial fundada em 2003 — Mas vamos voltar um pouco no tempo.
Aproximadamente em 1920, teve-se notícia de uma dança sensual, executada num circo — logicamente essa “dança” evoluiu através dos séculos. Mas a grande novidade era que a “dançarina gostosona” se exibia em cima de um pequeno palco, com a utilização de um poste vertical como ponto de apoio — parecido com o que vemos hoje. As mulheres ali dançavam sugestivamente em torno de uma tenda principal deixando os homens doidos. Foi o que tornou o pole dance bastante conhecido, graças às apresentações dos circos, que viajavam de cidade em cidade para entreter a multidão. Gradualmente, a modalidade migrou das tendas para os bares, ganhando um quê de erotismo. Porém, pessoas mais conservadoras não gostaram, até acharam aquelas mulheres imorais dançando daquele jeito escandaloso — umas bestas quadradas! Embora o pole dancing tenha conquistado seu espaço, tornando-se mais aceitável com o passar do tempo, depois dos anos 50 a dança do queijo caiu no esquecimento — e por quê? Calma... o melhor ainda está por vir! Aproximadamente vinte anos mais tarde, na década de 80, surgiram notícias sobre alguns artistas de rua praticando pole dancing no Canadá. Foi partir daí, em ressurgimento, que o Pole Dance ganharia o mundo. A modalidade cresceu rapidamente no país devido aos “espetáculos” exibidos nos bares de Amsterdã, como Strip pole dancing, uma derivação fascinantemente sensual, que antes deixava os homens doidos, agora ficavam literalmente “hipnotizados”. A “dança no poste” tornou-se tão conhecida no Canadá, que rapidamente se popularizou nos Estados Unidos também. O pole dancing cresceu tanto, que chegou até aparecer em filmes de Hollywood, já com aquele apelo deliciosamente erótico — os admiradores agradecem! Mas o grande salto aconteceu em 2000. Um importante acontecimento que tornou a dança no mastro socialmente aceitável. Já batizado de “pole dance”, a modalidade evoluiu para diferentes gêneros: empowering (exótico) e pole fitnes (ginástica no poste). A mistura da dança com a ginástica envolve resistência muscular e coordenação, sem deixar a sensualidade de lado. Muitas praticantes cultivaram verdadeira paixão pelo pole dance, desenvolveram técnicas avançadas e criativas que resultaram em coreografias impressionantes. Foram organizadas algumas competições por entusiastas, mas ainda faltava alguma coisa. John Benner, que tem mais de trinta anos de experiência com o desporto, concluiu que apenas as competições por si só, não seriam suficientes para remover a imagem agregada ao pole dancing desde o princípio, além disso, a procura por essa arte estava crescendo substancialmente. Diante dessas dificuldades, a melhor solução seria criar uma Federação. Benner acreditou que uma organização bem abrangente era necessária, porque estabeleceria regras, regulamentos e informações sobre o assunto. Com paixão e devoção, ele chegou a desenvolver um conceito para a imagem pública da Federação, incluindo um programa de fitness para a certificação de formadores de pole dance e o “Concurso Internacional Miss Pole Dance”. Essas idéias foram propostas aos colaboradores, que unanimemente proclamaram como “brilhantes” e Benner recebeu apoio para concluir seu projeto. Em 2003, após alguns contratempos, finalmente foi possível fundar a Pole Dance World Federation (WPDF) — Federação Mundial de Pole Dance —, juntamente com as regras e regulamentos, e Benner, foi seu principal criador. Em 2009 a Federação completa seis anos — e isso não é apenas um fato, é também uma conquista! Várias competições foram feitas desde a criação da WPDF, como campeonatos nacionais na Argentina, Alemanha, China, Espanha, Canadá, entre outros. Houve também torneios mundiais de pole dance, mas “nada” comparado ao que vai acontecer neste ano, no mês de março, em Amsterdã na Holanda. Dessa vez, 18 países e suas respectivas representantes exibirão toda técnica e graciosidade no “Miss Pole Dance World 2009”. Será a primeira competição que a WPDF realizará após ser oficialmente reconhecida como entidade esportiva (11/08/2008). A “briga” promete ser acirrada, pois as maiores “feras” da dança no poste disputarão, movimento a movimento, as coreografias mais incríveis do planeta na modalidade. A melhor mistura de criatividade, força, coordenação, plasticidade e sensualidade determinarão a mais nova campeã mundial a partir do dia 15 de março.
Países participantes:
Albânia Alemanha
Argentina
Bélgica
Brasil
Canadá
China
Espanha
EUA
França
Holanda
Hungria
Irlanda
Itália
Reino Unido
Rússia
Ucrânia
Venezuela
— Você viu seu país logo acima? Isso mesmo! O Brasil está no páreo! E muito bem representado por Grazzy Brugner. Professora formada em Licenciatura de Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, ela também conquistou sua certificação na modalidade Pole Dance, pelo Art Dance Studio de Buenos Aires – Argentina, que até então, era a única entidade associada à WPDF na América do Sul. Assim que retornou ao Brasil, Grazzy inaugurou o primeiro estúdio exclusivo de pole dance no país. Hoje realiza diversos trabalhos, apresentações, workshops e eventos relacionados a essa arte. Grazzy é a Miss Pole Dance Brasil, e no próximo mundial organizado pela WPDF, estará entre as melhores do mundo. Atleta do nado sincronizado e, posteriormente do tecido acrobático, Grazzy começou desenvolver o pole dance em novembro de 2007. Após alguns meses de treinamento, Grazzy passou a fazer apresentações em festas, feiras e eventos, em várias cidades pelo Brasil, como na 13ª Erótika Fair — onde as equipes de criação e jornalismo da Brazil Sex Magazine tiveram o primeiro contato com Grazzy. Na Erótika Fair, ela apresentou o poste desmontável, realizou vários workshops, e lançou também seu DVD didático. O sucesso do pole dance aqui no Brasil, tornou a procura grande segundo Grazzy, que leciona a modalidade para 50 alunas fixas e outras esporádicas, todas maiores de 18 anos. Mas é preciso dedicar algumas horas semanais para se aprender passos e acrobacias no poste, comenta. As alunas buscam diferentes objetivos com o pole dance, algumas querem condicionamento físico, aumentar o tônus muscular e melhorar as acrobacias. Outras mulheres procuram a modalidade para aprender alguns movimentos e depois mostrá-los ao namorado ou marido. Para cada tipo de objetivo pretendido, há um treinamento específico. Grazzy afirma que existem três níveis de dificuldade e alunas mais dedicadas, já alcançaram o último nível com apenas sete meses de treinamento. De acordo com algumas alunas, o pole dance “vicia”, por isso Grazzy teve a idéia de comercializar o “poste desmontável”, que tem entre 2,30 a 2,80m de altura. Ela sentiu a necessidade de oferecer às alunas um equipamento prático e de qualidade, que pode ser montado e desmontado a qualquer hora, além de permitir que a mulher interessada, treine e se exercite dentro de sua própria casa. Mas praticar a modalidade não é tão fácil assim, no princípio, as candidatas a alunas saem com sintomas de grande fadiga e hematomas espalhados pelo corpo. Contudo, o progresso é rápido, se prestar atenção no (a) instrutor (a), ou seja, se for levado a sério. Caso a pessoa não tenha o devido cuidado, pode se machucar. Como em qualquer outro esporte. Aliás, falando em esporte, começou a luta da WPDF junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para que a pole dance seja reconhecida como pratica esportiva e figure futuramente entre as modalidades que participam dos Jogos Olímpicos. O caminho é longo, pois será necessária uma espera de pelo menos 12 anos para que a pole dance seja recomendada como um legítimo esporte nos jogos Olímpicos. — pole dance como esporte olímpico? Esperamos que sim! Vamos torcer!
Fonte:http://www.revistabrazil.com.br
Imagem: Net
!!!??? Estou impressionada!!!
ResponderExcluirA vida inteira eu vi meninas dançando no poste nos "inferninhos" dos filmes e series policiais e nunca imaginei que fosse algo tão "abrangente" assim.
Existem mais coisas ao redor do poste do que supos a minha Vã (van????) filosofia...rssss
Boa materia...Original cmo muitas que a gente ve nos canais de TV paga ou em publicações como Seleções. Icaro...etc.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO Mexicano,
ResponderExcluirTambém fiquei tão surpresa quanto você. Dos inferninhos para as Olimpíadas, que pulo Heim? Adorei esse avanço !!!
Beijokas